quinta-feira, 24 de julho de 2014

Quanto custa fazer cerveja caseira?

Artigo escrito por Nicholas Bittencourt, do blog Goronah. Sempre temos a iddéia de que fazer cerveja em casa, como qualquer coisa de cozinha, acaba saindo mais barato do que comprar no mercado. Mas quanto custa ao certo, afinal?

Uma das principais perguntas que me fazem, ao saber que produzo cerveja em casa, é o custo de uma garrafa. A idéia de saber que pode produzir cerveja mais barata chama a atenção de muita gente e os cálculos são feitos normalmente levando em consideração apenas o custo de insumos, o primeiro erro do homebrewer.
Assim, o engenheiro de produção e sócio da Cervejaria 3 Perdidos, André Abacal, fez as contas necessárias levando em consideração todos os fatores da produção, desde a mão de obra e custos indiretos, quanto a depreciação do equipamento usado na produção. Para isso, vamos usar uma receita de  20 litros de uma cerveja de trigo do estilo Weizen.
Começamos, é claro pelos insumos. São necessários perto de 5 quilos de malte de cevada e trigo para a receita, além de lúpulo e o fermento. Em um dos fornecedores de insumos no Brasil, o custo total sai a aproximadamente 20 reais e é em cima desse valor que muitos cervejeiros anunciam a maravilha da economia. Mas não esqueçam para ainda precisamos de aproximadamente 40 litros de água para essa produção, a um custo de 14 reais.
Também temos os custos relativos a equipamentos. Considerando que um equipamento para a produção de 20 litros faz em torno de 40 brassagens (4 anos) e o custo total de panelas e afins é de 2 mil reais, cada brassagem “consome” perto de 50 reais em equipamento. Se decidir usar um cornélius para a distribuição, um equipamento custa 600 reais e dura 100 brassagens, a um custo de 6 reais por brassagem.
Se toda cerveja produzida foi consumida por você mesmo, pode parar por aqui. Agora, se seu chefe, amigos ou mais alguém pedir para comprar sua cerveja, o prazer se transforma em trabalho e deve ser cobrado. Todo o esforço, entre higienização, produção, troca de fermentadores e envase, dura cerca de 12 horas, que a um custo de 20 reais por hora totaliza 240 reais por brassagem.
Uma brassagem para venda, levando em conta todos esses custos, sairia perto de 330 reais, ou 16,50 reais por litro de cerveja. Estamos acostumados a pagar 6 reais em uma long neck no bar, o que torna o preço até compatível, mas não esqueça que as cervejarias ainda lidam com uma carga tributária de 100% ou  mais.
Mas um ponto de vista positivo é que o aumento de produção barateia o custo por litro. Fazendo as mesmas contas com uma leva de 50 litros, considerando o aumento de insumos, o custo por litro diminuiria consideravelmente, chegando a perto de 8 reais, menos da metade. Hora de comprar panelas maiores, não?

sexta-feira, 18 de julho de 2014

A Baden Baden Weiss tem espuma cremosa, amargor suave e notas de cravo e banana. Como a cerveja não é filtrada, ela fica com um aspecto turvo no copo.

domingo, 13 de julho de 2014

E agora?

Essa é uma decisão difícil para os fãs de chocolate: você prefere hamonizar sua Baden Baden Chocolate com brigadeiro ou com petit gateau?


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Baden Naden 15 Anos!!!

Uma verdadeira homenagem aos admiradores de Baden Baden

A especial da Baden de 15 aninhos de existência! Cervejaria mais que premiada, com um acervo de cervejas artesanais fantásticas e saborosas, atraindo os mais diversos tipos de público.

Características:

A Baden Baden 15 Anos é uma cerveja estilo Heller Bock, versão mais clara e encorpada que a Bock tradicional. Com um aroma pronunciado de malte, a Heller Bock possui uma cor que varia do dourado forte ao âmbar e uma espuma cremosa e persistente. Com um alto teor alcoólico, essa cerveja é perfeita para combinar com pratos típicos do inverno.
Tipo: Heller Bock
Teor Alcoólico: 6,7%
Disponível: garrafas de 600ml

Temperatura sugerida para degustação: 6°C

Harmonização:
A Baden Baden 15 Anos acompanha pratos típicos do inverno ou carne de porco, salsichas e embutidos e queijos como Gouda, Gruyère, Parmesão e Grana Padano.

Dica: 
Quando tiver a oportunidade de visitar Campos do Jordão, não deixe de ir ao bar da Baden Baden no centro de Capivari! Local fantástico para a família e amigos! 
A Baden de 15 anos não será comercializada em mercados, estará disponível apenas em Campos ou por encomenda na internet!



terça-feira, 8 de julho de 2014

AS ALE (PART. 2)


American Strong Ale - Este é um estilo muito abrangente, que engloba uma grande quantidade de cervejas fortes com volume alcoólico superior a 7% e oriundas dos EUA. Muitas delas são parecidas com as English Strong Ale, apesar de, habitualmente, possuirem um maior teor de lúpulo. Independentemente das suas origens e das suas características, são no seu todo cervejas fortes, com grande presença de malte, lúpulo e, obviamente, álcool. A experimentar: Oggis Hop WhompusStone Arrogant Bastard AleBear Republic Hop Rod Rye Ale.












Baltic Porter - Durante o século XVIII, as Porters eram bem mais fortes do que o são hoje em dia, sendo que facilmente ultrapassavam os 7% de volume de álcool. Muitas cervejeiras inglesas faziam mesmo produtos mais fortes destinados à exportação, tendo como principal mercado os países em redor do Mar Báltico. Estas cervejas eram derivadas das Porter inglesas mas tinham também algumas influências das Russian Imperial Stouts, pelo que por vezes podem ser identificadas como Imperial Porters. É um estilo muito complexo,especialmente o sabor, com presença de chocolate e malte torrado, elaborado com lúpulo continental e malte de Viena ou de Munique. Apesar de tudo, é uma cerveja não muito pesada devido a uma boa presença de gás. A experimentar: Koff PorterBaltika 6 PorterCarnegie Porter.



Belgian Ale - Com raízes que remontam a meados do século XVIII, as Belgian Ale atingiram o seu estado de perfeição a seguir ao fim da 2ª Guerra Mundial. Actualmente são consideradas uma cerveja para todas as ocasiões, por oposição às Belgian Strong Ales, suas "parentes". Neste estilo nada deve ser muito pronunciado: o equilíbrio entre os diversos elementos é a chave do sucesso. Podem ir de um amarelo dourado até à cor de cobre, boa presença de frutas, malte e especiarias tanto no aroma como no sabor. Têm espuma branca, cremosa e não muito duradoura. A experimentar: Palm SpecialeVieux-TempsOmmegang Rare Vos.











Brown Ale - São cervejas com bastante sabor, forte presença de lúpulo e muito habituais em pequenas explorações ou mesmo em produções caseiras. São similares às American Pale e American Amber Ales, diferindo destas por terem uma componente mais forte de caramelo e chocolate, que servem para equilibrar o lúpulo e o final algo amargo. A cor varia entre um castanho-avermelhado a castanho escuro e a espuma deverá ser creme e não muito duradoura. Possui menos álcool que uma Porter e tem, em geral, um sabor complexo e bem balanceado. Acompanha bem sobremesas, carnes e queijos. A experimentar: Samuel Smith's Nut Brown AleAleSmith Nautical Nut Brown AleScotch Irish Corporal Punishment.


Cream Ale - As Cream Ale são uma versão ale das lagers americanas e surgem para combater no mesmo mercado que estas. São de aspecto claro e límpido, de corpo leve, forte presença de gás e com pouca ou nenhuma sensação de lúpulo quer no aroma, quer no sabor, o que faz com que tenham uma acidez média a reduzida. Por vezes pode-se saborear milho, que é misturado pelas cervejeiras em detrimento do uso de malte ou lúpulo. A experimentar:Northern Cream AlePortsmouth Cream AleWisconsin Whitetail Cream Ale.

domingo, 6 de julho de 2014

AS ALE (PART. 1)


São várias as classificações que se podem escolher para diferenciar os diferentes tipos de cervejas. Há quem prefira classificá-las pelo tipo de fermentação, sendo que, deste modo, se formam dois grandes grupos: as Ale (cervejas de alta fermentação ou fermentação no alto) e as Lager (cervejas de baixa fermentação). É claro que dentro de cada um destes grupos há muitos subgrupos, havendo mesmo algumas cervejas que não se encaixam bem quer num, quer noutro grupo.
Outros itens que permitem classificar as cervejas podem ser: a sua cor (clara ou escura); o teor alcoólico (sem álcool, de baixo, médio ou alto teor alcoólico); ou ainda o teor do extrato primitivo, sendo que neste caso as podemos dividir em fracas, normais, extras e fortes.


Altbier - Uma especialidade de Dusseldorf, a Altbier é uma cerveja de cor castanha, habitualmente oriunda da Alemanha. Sabendo que "alt" significa literalmente velho em alemão, esta designação aplica-se-lhe devido à capacidade que esta cerveja tem para envelhecer durante mais tempo do que seria normal para outros estilos. É uma cerveja bem balanceada e delicada, com boa presença de frutas e grande equilíbrio entre malte e lúpulo e uma presença mediana de gás. A Sticke é uma versão mais forte das Altbier, com maior presença de malte e lúpulo. A experimentar: Schlosser AltUerige Doppel StickeWidmer Brothers Winternacht.


Amber Ale - Sendo esta uma designação muito genérica, as Amber Ale podem variar desde produtos sem grande interesse e caramelizados, a cervejas como uma boa quantidade e balanço entre malte e lúpulo. Habitualmente, a diferença entre uma Amber Ale de qualidade e uma Ameriacan Pale reside no facto da primeira poder ter um carácter mais escuro devido ao malte utilizado, tendo em contrapartida menos lúpulo. A experimentar: Mac and Jacks African Amber AleNew Belgium Fat TireTroegs HopBack Amber Ale.





American Pale Ale - As American Pale Ale são cervejas claras, que vão desde o amarelo dourado até à cor de cobre. O estilo desta cerveja é definido pelo lúpulo de origem americana que nela é usado, transmitindo este, em geral, um forte aroma à cerveja bem como uma relativa acidez. Esta é uma excelente cerveja para acompanhar refeições ligeiras como pizzas e hambúrgueres, bem como sushi e saladas. A experimentar: Three Floyds Alpha KingFlying Dog Doggie Style Classic Pale AleDuClaw Venom Pale Ale.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Aclamada Guinness!

Uma das cervejas mais famosas do mundo. E não é por menos, são 253 anos de história, ou melhor, sucesso. Sua história começou exatamente no dia 31 de dezembro de 1759, quando Arthur Guinness alugou um galpão em uma localização privilegiada em Dublin. Logo aí um fato que chama atenção: o terreno que abriga a lendária fábrica em Dublin, foi alugada por míseros £45 ao ano em um contrato de nove mil anos (esse contrato pode ser visto no museu da empresa).

Ela é do tipo Stout, esse tipo teve origem  na Irlanda derivado do estilo Porter. Dizem que a água de Dublin é ideal para a fabricação desse tipo de cerveja. Seu sabor marcante não costuma deixar ninguém em cima do muro, porque das duas uma, ou você se apaixona ou ele não vai fazer o seu estilo. A Guinness possui alto teor alcoólico (5% a 6,5%) e é feita a base de cevada torrada, o que confere à cerveja um gosto amargo no início, e malte especial (escuro, que também dá cor a cerveja), para dar um leve sabor adocicado ao final. Aqui na ilha da esmeralda é consumida em larga escala nos pubs e também em lata vendidas nos mercados (é possível encontrar a partir de 1 euro a lata de 500ml).



A Guinness consumida no Brasil é produzida aqui na cervejaria St. James Gate (matriz da Guinness), porém hoje existem diversas fábricas espalhadas pelo mundo. Nas terras tupiniquins é possível encontrar em clubes de cerveja e casas noturnas irlandesas.

Suas cervejas recebem as melhores notas dos mestres cervejeiros de todo o planeta! O setor de marketing da empresa é tão criativo em seus posters e propagandas que deixa os concorrentes desnorteados!

Seu carro chefe é a Draught, é a cerveja stout mais consumida do mundo. De cor negra e um excepcional creme bege, que persiste durante toda experiência. Aromas e sabores de café e chocolate amargo bastante presente, tornando-a uma cerveja referência do estilo. De corpo leve e baixa carbonatação, é muito fácil de beber.